Sargento não pagou passagem e invadiu avião |
TEFÉ-AM - Sargento da polícia
militar e um policial invadiram avião de táxi aéreo, empresa não identificada,
no município do Juruá, a 674 quilômetros de Manaus (AM), ameaçando pilotos a
atear fogo contra a aeronave, caso eles não embarcassem no voo. A aeronave que
desembargou do município de Tefé seguia para Manaus.
De acordo com o delegado federal
Josafá Batista Reis, o incidente aconteceu por volta das 16h30 desta
sexta-feira (31). Um dos homens foi identificado como o sargento da Polícia
Militar Luis Maia, e o outro apenas pelas iniciais L.L.M., também policial
militar.
Segundo o delegado, o sargento e o
policial não pagaram as passagens aéreas e invadiram o avião no momento em a
aeronave estava pronta para decolar.
“Eles disseram que iriam pôr fogo no
avião se caso não conseguissem entrar”, contou o delegado. Os dois foram presos
pela Polícia Federal após um pouso no município de Tefé.
O delegado contou ainda que em pleno
voo, os pilotos conseguiram informar à Polícia Federal, por meio do rádio,
sobre a situação, e pousaram a aeronave no município de Tefé, por volta das
17h, onde uma equipe da PF já está de prontidão.
Em depoimento ao delegado federal
Josafá Batista Reis, a dupla alegou que queria viajar até Manaus de qualquer
maneira, e que por isso invadiu o avião, mesmo sem possuir passagens compradas.
O delegado afirmou que os homens não
estavam armados e que foram enquadrados em cinco artigos do código penal: ameaça,
expor ao perigo aeronave ou embarcação, opor-se à execução de ato legal,
desobedecer ordem legal e desacato a funcionário público.
Reincidência
Não é a primeira vez
que o Sargento da Polícia Militar Luis Maia apronta. Há três anos, ele foi investigado no "Caso Wallace" por fazer parte de um suposto grupo de extermínio. Na ocasião, ele foi preso, mas ganhou liberdade
e está trabalhando normalmente. O caso ainda não foi julgado pela Justiça. Na época da prisão, o Sargento Luis Maia trabalhava na cidade de Jutaí, distante 510 km de
Manaus, onde, segundo moradores do local, o Sargento fez várias apreensões de drogas e era suspeito de desviar parte dos entorpecentes apreendido para vender a outros traficantes.
Atos
Cruéis
Nos
municípios do interior do Amazonas por onde o Sargento Luis Maia trabalha, ele também é acusado de causar transtorno e espalhar terror entre os moradores. Deixando sequela em
milhares de pessoas humildes, que não revidam os atos violentos promovidos
pelo Militar.
Nunca houve denuncia por parte dos moradores.
Longe da Corregedoria de Polícia, o Sargento Luis Maia parece ficar bem à vontade, o que justifica sua obsessão por querer trabalhar em municípios do interior do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário